Ao leitor, esse ser imaginário com quem por vezes entrelaço os dedos, o cheiro do papel e a percepção que nós também nos tornamos acobreados.Esse pedaço de papel é feito de carne, da minha.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Relato: Primavera
As pessoas pisoteiam o mato sem se questionar sobre a beleza das coisas escondidas. Uma hortência, em sua petulante beleza anil, é o senso comum do jardim. Ela é óbvia, gritante e comum.Um dia, olhando um muro de hera, percebi pequenas florezinhas amarelas, minúsculas, de uma beleza sôfrega e tão pequenininha que chegava a ser emocionante.Hoje, depois de ler um desejo- uma amiga que espera florescer os seus jardins- me dei conta que a esperança é uma dessas florezinhas sem vergonha... dessas que sempre pisoteamos, e que por puro altivez, ou até por pura ignorância, julgamos ser nada mais que mato. A flor, jamais ofendida, resnasce de novo, e de novo, o sol frágil e pequenino que aprendemos à amar .
Assinar:
Postar comentários (Atom)
sei que é pouco criativo, mas sinto vontade de citar algo que fiz há tempos...sincronicidades de impressões:
ResponderExcluirHai Kai conceito sobre esperança
A menor e mais distante das chances
Ao final não se tendo mais nada
Se torna a maior e mais presente das chances.
Essas florzinhas são mesmo lindas...