segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Dia do quê?

Tenho preguiça desse tal de "dia disso, dia daquilo" mas preciso dizer algo sobre o "dia do gordinho". Essa violência de criar padrões absurdos para a beleza estética feminina não foi inventada por mim, nem por você. Pense nisso quando uma chapinha estiver queimando os seus cabelos, pense nisso quando estiver calculando as calorias do seu almoço.
Tudo já teve o seu tempo. Já foi a época da mulher bonita ser a rechonchuda, com a pele marcada e pneuzinhos, nua, na mata, a ninfa. Já foi a época em que a Marylin Monroe cantava sensualmente um parabéns ao queridinho da América.  Paramos na Twiggy e sua magreza anoréxica e, pra tornar o padrão mais absurdo, socamos próteses de silicone de tamanhos indizíveis. Inventamos a labioplastia, inventamos o Adonis e a Vênus do bisturi.
A gostosa que fazem os homens babarem como macacos no cio foi photoshopada ou chuchada como um leitão na cirurgia de lipoaspiração. Acabaram-se as mulheres reais. Acabaram-se as diferenças. Todas as meninas querem ser iguais: magras, shortinhos curtos e cabelos lisos. Você já olhou as adolescentes de hoje?! Não dá pra distinguir quem é a nerd, quem é a sapatão, quem é a gostosinha da turma, quem é a tímida... não se cultivam mais cachinhos na cabeça e liberdade no pé.
A mesma sociedade que tira o cigarro da boca do fumante, é a que cria superbactérias entupindo os animais de corte de remédios, os morangos de pesticidas, os saltos cada vez mais altos e os peitos cada vez menos caídos. Não se deixe enganar pelo que está em vogue com a alegação de ser o politicamente correto. É tudo estética. Tudo consumo.
Se você acha o gordo bonito, ótimo, se não, problema seu. Eu acho. EU ME ACHO. E tenho o direito de ser assim, sem blá blá blá de obesidade...
Minha mensagem é: o corpo é SEU, o padrão de beleza é SEU.
Uma careta pra quem discorda:

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