As unhas coloridas eram peixinhos que lavavam as pedras do fundo do aquário. Enquanto isso, um peixinho azul e roxo dançava dentro de um copo, suas barbatanas longas de uma dançarina espanhola.
Ela se perguntava o porquê da tristeza que sempre, mesmo que fosse umazinha, uma tristezazinha boba boba e pequena, a sugava tanto. As tristezas a devoravam como uma enorme boca de baleia azul. Seus milhares de pensamentos de plâncton.
Suas unhas, por exemplo, estavam tão bonitas ali debaixo da água e ela até se permitiu brincar um pouco. Seus olhinhos de pepita ERAM tristes talvez, mas quase ninguém notava. Porque sua boca e seus olhos quase nunca andavam juntos.
Aí ela se cansou e voltou para o seu quarto-aquário.
LINDO.
ResponderExcluirAdoro seus relatos. Adoro a forma como vc descreve as coisas. Sou péssimo fazendo criticas isso é fato. Mas adorei.
t+