quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Borboleta da Couve

 Uma senhora arrancava pacientemente as lagartas pequeninas que devoravam as couves da sua horta: uma por uma. Fazia isso com a destreza com a qual se costura ou se cata feijão.

Um homem ao passar perguntou-lhe, assim com uma certa intromissão, se ela não gostava de borboletas. 

A velha, sem que se distraísse da sua tarefa, respondeu que as achava belas.

O homem, aparentemente satisfeito com a resposta, disse-lhe de maneira arrogante que se ela gostava de borboletas, então que deixasse as lagartas se desenvolverem.

A senhora, respondeu-lhe doce e calmamente que infelizmente as borboletas não sabiam plantar.

E assim partiu o homem, achando a senhora muito mesquinha e egoísta, até o dia em que ele próprio decidiu plantar um jardim.


6 comentários:

  1. lindo <3 é bom ler seus textos, não suma daqui.

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    1. <3 Lindo é ter você como meu leitor, mon cher! Beijinho!

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  2. acredito que a dona estava correta...as perspectivas mudam de acordo com a inversão da situação. Muito bom!

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    1. Que bom a sua visita meu amor. Que bom que você gostou! Te amo muito!

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  3. Excelente! Para ter conciliado a beleza do jardim e das borboletas, tem de suportar muitos danos e perdas. ^^ A critica daqueles que de fora quem percebem é devastadora, mas assim como sabiamente disse.. " até o dia em que ele próprio decidiu plantar um jardim."! Adorei!

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    1. Muitíssimo obrigada Fabiana! Muito bom te ter por aqui... Beijinho!

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